terça-feira, 16 de setembro de 2014

Aldeia Pataxó de Coroa Vermelha

Olá!

Nessa postagem, vou colocar algumas fotos do nosso passeio à aldeia indígena de Coroa Vermelha, da etnia pataxó, em Santa Cruz Cabrália. Conforme nosso guia Curiojapurinã (Curio = pássaro; Japurinã = saber viver) nos informou, ali antigamente era o local onde moravam, mas hoje é o local de trabalho deles - é uma aldeia urbanizada. Já que os índios não conseguem mais sobreviver somente com os recursos da Natureza  ("Maturembá", na língua pataxó), eles se adaptaram, e vivem também do comércio realizado na aldeia. Ali, além das barracas de artesanato, há um museu (esse nós não visitamos - não deu tempo), um "patashopping", e o local onde foi rezada a primeira missa em solo brasileiro.



Atualmente, as residências são feitas de tijolos, mas muitos índios não moram mais ali.


Curiojapurinã contando o significado das palavras na placa - Hayokuã Taputá - "Bom Dia"



Essa estátua representa o cacique Roroxó - foi a primeira autoridade indígena a manter contato com os portugueses.


Em relação ao local da missa, há duas cruzes que marcam o local - uma mais simples de madeira, indica o local exato onde ela foi realizada. Outra, mais alta, de aço, foi colocada próxima, na comemoração dos 500 anos do Brasil. Segundo nosso guia, a original mesmo, está na catedral de Brasília. Vivendo e aprendendo...


Local onde foi rezada a primeira missa no Brasil. Se o guia não falasse, nem saberíamos, porque não há nada indicando. Ei, pessoal de Coroa Vermelha, que tal colocar uma placa bem bonita, pra valorizar ainda mais o lugar?

É interessante escutar a história do povo indígena, contada por um representante da raça vermelha. Nosso guia contou como se originou a etnia pataxó (pataxó - "nascido das águas"), já fugindo dos portugueses. Também questionei-o sobre o cabelo crespo, e ele disse que não são todas as etnias indígenas que tem cabelo liso. Mas o cabelo crespo ele puxou do pai, que não é índio - a mãe dele é a pataxó. Típico brasileiro - várias raças num sangue só. Tem uma hora que o guia faz uma demonstração de como foi o encontro dos índios com os portugueses - as reações dos dois povos, as trocas feitas entre eles... É legal imaginar como deve ter sido a cena...

No final da visita, ele nos levou a um restaurante na praia, com comida e preços muito bons - o nome é Sol e Mar. Redes  - ali mesmo, então enquanto a gente espera a comida, dá pra entrar na água, ou deitar um pouco na rede, ou os dois. A praia, muito bonita, com um recife de coral, onde é possível caminhar, dependendo do horário da maré. Ê vida boa...


Delícia de praia...


Então, já sabe, se for para Santa Cruz Cabrália, dê uma paradinha por ali, mesmo que não goste de História. Só a vista da praia já vale a visita.

Abraço!

Juliana


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